Júlio Heitor

Locutor 
Se me perguntar… 
“ Ouve lá, quando é que a parvoíce chegou à tua vida?“… 
Sinceramente não me recordo muito bem. 
Tenho uma vaga ideia que tudo aconteceu quando tinha 6 anitos. Era sábado à noite, 22:15h, por aí , e em casa de uns tios víamos a segunda parte do filme Ben Hur. Após longa discussão sobre se os olhos do actor eram mesmo azuis ou apenas lentes de contacto, eis que tudo se tornou claro na minha vida. Iluminado respondi ”os olhos do homem só podem ser azuis porque, naquele tempo, ainda não havia lentes de contacto”. 
Perante tamanha afirmação, todos puderam constatar que a parvoíce e a estupidez natural acompanhar-me-iam a vidinha inteira. 
 
É lamentável no entanto, por vezes, confundirem a dita estupidez com coisas completamente diferentes. 
É portanto comum chamarem-me palhaço, engraçadinho, ou mesmo termos ainda mais detestáveis como “fofinho”, “bomboca” ou “simpático”. 
 
Agora que já está arrependido de ter passado dois minutos a ler este texto “simpático”, convido-o a ler a apresentação dos meus colegas. Eles sim, fofinhos e bombocas.